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Bom dia, Sábado 07 de Junho de 2025

Geral

Família diz que morto com Covid-19 foi enterrado como indigente após troca de corpos: "Erro gravíssimo"

CORPO TROCADO | 29/07/2020 16h 19min

Erasmo Benedito, de 46 anos, foi a Cuiabá fazer hemodiálise e contraiu Covid-19 — Foto: Arquivo pessoal

O corpo do trabalhador autônomo Erasmo Benedito da Silva, de 46 anos, morreu com Covid-19, nessa terça-feira (28), em Cuiabá, e, por equívoco, o corpo dele foi enterrado como indigente. A denúncia foi feita pela família da vítima, que morava em Poconé, a 102 km de Cuiabá.

O corpo foi trocado com o de outro paciente que também havia morrido com a doença, na Santa Casa de Cuiabá, onde ele também estava internado.

Em uma rede social, a irmã dele Eide Maura diz que houve uma confusão. “Meu irmão já não estava mais lá porque foi enterrado como indigente. Confundiram com outro corpo e cometeram um erro gravíssimo. Eu pergunto, quantas famílias não foram enganadas?”, afirma.

A família dele agora luta para conseguir enterrá-lo.

Erasmo Benedito foi para a capital porque precisava fazer uma hemodiálise e acabou se contaminando com o novo coronavírus. Ele tinha problemas nos rins e era diabético. Ficou 15 dias internado na Santa Casa de Cuiabá pelo agravamento da doença e faleceu.

Irmã postou mensagem indignada com a troca — Foto: Facebook/Reprodução

Irmã postou mensagem indignada com a troca — Foto: Facebook/Reprodução

A família soube da morte, fez o procedimento necessário na funerária e aguarda a liberação do corpo para levá-lo para Poconé. No final do dia, pediram que alguém da família fosse até Cuiabá para fazer o reconhecimento, pois havia morrido sete pessoas por Covid-19 no mesmo dia.

A nora da vítima, Jucielle Patrícia de Arruda, contou que a funerária só iria buscar o corpo dele se a família fizesse o reconhecimento. Um primo de Erasmo então foi até a Santa Casa fazer o reconhecimento e nenhum dos corpos era dele.

O hospital trocou os corpos que seriam levados pela funerária e outra família fez o enterro de Erasmo.

A família foi até o hospital obter alguma resposta e os funcionários informaram que teriam que buscar a Justiça para que pudessem exumar o corpo enterrado pela outra família.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), por meio da diretoria do Hospital Estadual Santa Casa, alega que é atribuição da unidade hospitalar identificar, preparar e entregar o corpo à funerária, e que o hospital seguiu esse fluxo com todos os corpos do dia 28 de julho de 2020 e os encaminhou à funerária.

"Portanto, a gestão informa que a situação foge da responsabilidade administrativa do hospital. Visto que, após o corpo estar sob a responsabilidade da funerária, o manuseio e a entrega à família é uma atribuição da mesma. Secretaria de Saúde do estado, mas até a publicação desta reportagem não havia recebido retorno sobre a denúncia", diz.

 

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Fonte:   G1 MT