Levantamento mostra que Mato Grosso tem taxa de desemprego de 9,9% no terceiro trimestre do ano
TAXA DE DESEMPREGO | 27/11/2020 15h 27min

A taxa de desocupação (pessoas sem trabalho) de Mato Grosso no terceiro trimestre de 2020 foi de 9,9%, variação de 0,3 ponto percentual em relação ao segundo trimestre de 2020 (10,2%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (8,0%), houve acréscimo de 1,9 ponto percentual. Porém, o estado ficou em segundo lugar no ranking com menor desocupação, atrás de Santa Catarina (6,6%).
No Brasil, a taxa foi de 14,6% de julho a setembro. De abril a junho, era de 13,3%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a PNAD Contínua, o estado tinha 1.602 mil ocupados e 176 mil desocupados no terceiro trimestre de 2020. No trimestre anterior eram 1.592 mil ocupados e 181 mil desocupados. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, houve queda de 5,6% nos ocupados (1.698 mil) e alta de 19,5% nos desocupados (148 mil). Mato Grosso tinha ainda 1.019 mil pessoas fora da força de trabalho.
O número de 138 mil ocupados de julho a setembro no setor da construção aumentou 16,3% em relação ao período de abril a junho, quando era de 119 mil, e se manteve estável na comparação com julho a setembro de 2019, quando foi de 130 mil. Por outro lado, o total de 65 mil ocupados no setor de alojamento e alimentação no terceiro trimestre de 2020 caiu 21,2% em relação ao segundo trimestre (83 mil) e 34,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2019 (100 mil).
O estado perdeu ainda 27 mil trabalhadores domésticos entre o segundo trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado: passou de 124 mil para 97 mil, uma queda de 21,7%. Entre os trabalhadores domésticos sem carteira, a diminuição foi ainda maior: de 23,7%. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o número ficou estável.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho das pessoas de 14 anos ou mais (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 18,7% no estado, só atrás de Santa Catarina (12,7%). A taxa brasileira foi de 30,3%.
O total de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas foi de 67 mil no terceiro trimestre de 2020, contra 64 mil no segundo trimestre e 61 mil no terceiro trimestre de 2019. São as pessoas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar mais horas e estão disponíveis.
De acordo com o estudo, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas passou de R$ 2.321, no terceiro trimestre do ano passado, para R$ 2.482, no mesmo período deste ano, uma alta de 6,9%. No segundo trimestre de 2020, esse rendimento era de R$ 2.423.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 79,4% do total de empregados no setor privado de Mato Grosso. Em todo o país, essa taxa foi de 76,5%. Já o percentual da população ocupada do estado trabalhando por conta própria era de 28,4%. No Brasil, era de 26,4%..
A taxa de informalidade mato-grossense ficou em 39,5% da população ocupada, enquanto a brasileira foi de 38,4%. O Pará teve taxa de 60,9%, e Santa Catarina, 26,9%. São as pessoas sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração.
O total de desalentados em Mato Grosso foi de 36 mil no terceiro trimestre de 2020, com estabilidade frente ao trimestre anterior (37 mil) e ao terceiro trimestre de 2019 (36 mil). São as pessoas que desistiram de procurar trabalho no período pesquisado, por acharem que não encontrariam.
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Fonte: G1 MT