Mãe faz vaquinha para pagar cirurgia do filho que nasceu com anomalia e perdeu a visão em MT
VAQUINHA ONLINE | 03/02/2021 12h 08min

Desempregada, Silvana Amâncio dos Santos, de 35 anos, está fazendo uma vaquinha para pagar uma cirurgia para o filho, Mateus Amancio Maragon, de 2 anos. Ele nasceu prematuro e com uma anomalia chamada atresia de esôfago e fístula traqueoesofágica, que impede o alimento de chegar até o estômago. A família mora em Curvelândia (MT).
Desde o nascimento, ele precisou passar por vários procedimentos e agora precisa de um procedimento cirúrgico de reconstrução do esôfago. Segundo a mãe, ele já aguarda cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas não há definição de data devido à prioridade de atendimento dos casos da Covid-19.
"Ele precisa de cirurgia. Ele sofre demais. São 24 horas trocando os curativos de tanto que ele broncoaspira e faz esforço. Aquilo machuca”, disse.
Mãe diz que cirurgia pelo SUS pode demorar por causa da pandemia — Foto: Arquivo pessoal
Em um hospital particular, a cirurgia custaria em torno de R$ 200 mil. Mas a família não tem condições de arcar com essa despesa e, além da vaquinha, está vendendo rifas custando R$ 5 e R$ 10, com vários prêmios.
Silvana está desempregada e não consegue trabalhar, pois o filho depende totalmente dela. Ele ainda não anda, não fala, não enxerga e precisa usar botas e luvas ortopédicas.
“Eu não quero riqueza, eu não quero nada, só quero meu filho vivendo bem, nem que eu fique o resto da minha vida lutando, mas eu quero ver ele com a cirurgia feita. Eu vejo a luta de tantas mães nas redes sociais e hoje eu sou essa mãe que quer ver o filho bem”, afirma.
Aos 17 dias de vida, a família tentou transferência para Cuiabá, onde faria a cirurgia de reconstrução do esôfago.
Essa anomalia pode causar defeitos nos rins e pneumonia no pulmão por aspiração. Dias depois do nascimento, Mateus teve pneumonia, infecção hospitalar e insuficiência renal causando uma parada cardíaca.
Devido à falta de oxigenação no cérebro, ele perdeu a visão.
Ele não conseguiu transferência para Cuiabá e continuou o tratamento no município onde mora. Mateus broncoaspira a saliva e faz tratamentos com remédio, inalação, oxigênio e corre riscos de ter outra parada renal, segundo a mãe.
Um dos medicamentos que ele toma com frequência custa R$ 300 e com doações a família consegue manter o tratamento.
De acordo com o que os médicos falaram para Silvana, Mateus precisa passar receber acompanhamento de especialistas, como neurologista, nutricionista, nefrologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e pediatra, durante a vida toda.
Silvana tem mais dois filhos, um de 16 anos e outro de 5 anos. Eles moram no sítio do sogro e apenas o marido trabalha.
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Fonte: G1 MT