Primeiro paciente que morreu de ômicron no país vivia em asilo onde há mais quatro idosos contaminados
ÔMICRON | 07/01/2022 15h 21min

O primeiro paciente que morreu de ômicron no país vivia em um asilo de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
A Secretaria de Saúde (SMS) da cidade informou nesta sexta-feira (7) que há mais quatro idosos contaminados no local.
Ao todo, 52 pessoas do asilo foram diagnosticadas com Covid-19 e cinco amostras foram sequenciadas.
Todas elas confirmaram contaminação pela ômicron.
Dois moradores precisaram de internação e um deles morreu, que foi o primeiro paciente no Brasil.
Os outros 50 casos já receberam alta, segundo a pasta.
Até esta sexta-feira, o município já confirmou 55 casos de ômicron. A prevalência da variante é 93,5% das amostras sequenciadas.
O Ministério da Saúde confirmou que foi notificado do primeiro óbito causado por variante ômicron pela secretaria de saúde de Aparecida, na quinta-feira (6), e que a morte do idoso de 68 anos foi a primeira pela variante no país notificada ao MS.
Os idosos diagnosticados com Covid-19 foram isolados dos demais residentes.
Durante a investigação epidemiológica, a secretaria identificou que o primeiro interno a apresentar sintomas teve contato com um caso confirmado de ômicron.
Segundo a SMS, no dia 22 de dezembro passado, a direção do asilo entrou em contato com a pasta informando que diversos residentes estavam com sintomas gripais.
A equipe de saúde da instituição foi treinada para aplicar testes RT-PCR em todos os funcionários e idosos que moram no local. Até então, o município não tinha transmissão comunitária, conforme a SMS.
Vítima da ômicron
De acordo com a prefeitura, o idoso começou a ter tosse, dispneia e desconforto respiratório no dia 20 de dezembro de 2021. Dois dias depois, ele deu entrada e foi internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
No dia 26 de dezembro ele transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal, mas morreu no dia seguinte após um choque séptico.
A prefeitura solicitou no dia 28 a amostra do RT-PCR do paciente para sequenciamento genético.
O resultado positivo saiu nesta quinta-feira.
O idoso estava vacinado com três doses, segundo a prefeitura. Especialistas explicam que a vacinação contra a Covid-19 reduz o risco de morte pela doença e suas variantes.
Eles afirmam ainda que os imunizantes disponíveis contra o coronavírus são para evitar o agravamento dos casos, mas que não há garantia de que possam impedir a reinfecção.
A confirmação do primeiro óbito ocorre dez dias após a declaração de transmissão comunitária na cidade.
Ômicron não é leve, diz OMS
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quinta-feira que a variante ômicron pode ser menos grave, mas não deve ser classificada como "leve".
Durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.
Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho.
Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.
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Fonte: G1