Recém-nascido morre porque pais demoraram a procurar hospital com medo do coronavírus em MT
RECÉM-NASCIDO MORRE | 04/06/2020 09h 23min

Um bebê com apenas um mês de vida morreu nessa terça-feira (2). Ele sofreu com problemas intestinais por cerca de dois dias, mas não foi levado a um hospital.
Seus pais temiam uma contaminação pelo novo coronavírus. Quando o casal procurou assistência médica, já era tarde demais.
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos da família, que mora no Residencial Nilce Paes Barreto, em Cuiabá-MT. Era por volta das 09h40, quando uma pessoa informou que uma mulher pedia socorro no meio da rua.
Uma equipe da PM foi até o local e encontrou a jovem de 24 anos. Ela disse que seu filho recém-nascido havia passado mal e o pai, de 26 anos, junto com um vizinho, levou o bebê para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Pascoal Ramos.
Os policiais levaram a mãe até a UPA. Quando chegaram, o médico informou que o bebê já estava morto. Ainda de acordo com ele, pela rigidez do corpo, o óbito já havia acontecido há mais ou menos uma hora.
A equipe médica informou que não havia nenhum sinal de lesão externa no bebê que pudesse indicar maus-tratos.
A Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada para liberar o corpo e a equipe conversou com o médico. Ele contou que o bebê estava com um estufamento na região abdominal.
Os pais, então, relataram que o bebê estava há mais de dois dias sem defecar e com cólicas. Por medo de levar o filho a um hospital, por causa da pandemia de coronavírus, eles resolveram ministrar um medicamento comprado em farmácia, para alívio das gases.
Na madrugada dessa terça-feira, o recém-nascido foi amamentado pela mãe e, em seguida, voltou a dormir.
Pela manhã, quando se levantou, o pai notou que a criança sangrava pelo nariz e boca. Em desespero, ele e o vizinho levaram o menino à UPA, onde o bebê já chegou morto.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e realizará um exame de necrópsia, que apontará as reais causas da morte.
O caso foi registrado como morte a esclarecer, sem indícios de crime.
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Fonte: O Livre