Acusada de encomendar morte de marido recorre para aguardar júri fora da cadeia
CASO TONI FLOR | 21/04/2022 13h 40min

Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, acusada de mandar matar o marido, Toni da Silva Flor, apresentou recurso em face de sentença de pronúncia que determinou a realização de Júri Popular. A ré cita questões humanitárias e pede revisão da decisão para que possa aguardar julgamento em prisão domiciliar.
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O recurso aguarda julgamento do juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Conforme Ana Cláudia, a sentença de pronúncia “não dedicou uma palavra sequer a questão elencada sobre o tema, ou seja, aguardar em Prisão Domiciliar por razões humanitárias até o Trânsito em Julgado, após o esgotamento de todos os recursos cabíveis”.
Ana Claudia foi pronunciada por homicídio por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima, concurso de agentes e contra cônjuge, qualificadoras presentes no Código Penal.
Além de Ana Claudia, também foram pronunciados Igor Espinosa, Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva, Ediane Aparecida da Cruz Silva e Sandro Lúcio dos Anjos da Cruz Silva.
Consta na denúncia, que no dia 1º de agosto de 2020, por volta das 7h, em frente a uma academia, a vítima foi atingida por disparos de arma de fogo efetuados por Igor Espinosa, a mando de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor. Para a concretização do crime, a esposa teria sido auxiliada por Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.
De acordo com a investigação, Toni da Silva Flor e Ana Claudia de Souza Oliveira Flor estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas. O casamento, no entanto, vinha se deteriorando, notadamente por conta de relacionamentos extraconjugais da acusada. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.
Durante a investigação, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.
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Fonte: Olhar Jurídico