Bandidos que degolaram 4 em MT são "serial killers"
OPERAÇÃO KALÝPTO | 24/01/2023 13h 52min

Cinco membros de uma facção criminosa foram presos durante a Operação Kalýpto, deflagrada na manhã desta terça-feira (24) pela Polícia Civil. Eles são acusados de sequestrar e matar quatro homens que vieram do Maranhão para Cuiabá para trabalhar, em 2021.
De acordo com o delegado Caio Fernando Albuquerque, dos 5 presos na operação, dois deles já estavam detidos na Penitenciária Central do Estado (PCE) por outros crimes e outros dois já usavam tornozeleira eletrônica. Para o delegado, os bandidos são “verdadeiros serial killers”.
Os alvos foram identificados como Vinícios Barbosa da Silva (Melancia), de 28 anos; Cleiton Ozorio Carvalho Luz (Mané), de 38 anos; Cleison Thiago Xavier dos Santos Luz, de 23 anos; Marcelo Wagner Cruz de Oliveira (Macaco ou índio), de 34 anos; Igor Augusto da Silva Carvalho (Barbado), de 27 anos.
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Dois estão foragidos e foram identificados como Leondas Almeida de Jesus (Léo Maconha), de 25 anos, e Gabriel Ítalo da Silva Costa (Torto), de 28 anos.
O delegado Caio Albuquerque classificou o bando como sendo de alta periculosidade e alguns deles como “verdadeiros serial killers”. “São pessoas de alta periculosidade, pessoas frias. Estamos diante de verdadeiros serial killers, que podem ter matado tantas outras pessoas em Cuiabá e nas adjacências”, afirma.
As investigações apuraram que Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, também de 20 anos, foram mortos em 2021 por supostamente serem membros de uma facção rival.
Para o delegado, o homicídio dos maranhenses é um caso sério e preocupante, já que mostra até onde as facções podem ir para matar seus rivais. “Mostra o poder das facções e até que ponto os faccionados chegam para mostrar domínio territorial”.
Ainda conforme Caio Albuquerque, apenas um deles tinha registro criminal e pode ter sido faccionado no Maranhão.
As mortes aconteceram de forma brutal. O delegado citou que as vítimas foram decapitadas, tiveram os dedos cortados, levaram tiros na cabeça e os corpos foram ocultados e ainda não foram encontrados. Mesmo assim, a Justiça será feita.
“Não temos os corpos, mas nem por isso a polícia ficará inerte. Pessoas estão sendo presas e processadas. É uma conversa fiada de que sem corpo não há crime. Há sim e por isso os mandados foram cumpridos”, destacou o delegado.
Ameaças à família
O delegado contou que as vítimas não vieram sozinhas para Cuiabá. Saíram do Maranhão como uma colônia, com várias pessoas, em busca de condições melhores de vida.
Após o crime, as famílias dos mortos buscaram informações sobre as vítimas, e acabaram ameaçadas pela facção. “Fui com minha equipe lá no Maranhão. [As famílias] foram tocadas de Cuiabá, da noite para o dia. Aqui essas famílias tinham moradia, tinham salário, tinham sustento, tinha comida, lá eles não têm nem mesmo a comida”, salienta.
“Passamos três dias ouvindo os familiares. São pessoas lúcidas, verdadeiras e coesas no que dizem. Todos os depoimentos bastante harmônicos. Você não percebe ali uma conversa sem respaldo. Tudo que eles falaram bateu”, explicou.
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Fonte: Repórter MT