Empresário se arrepende de programa, pede dinheiro de volta e mata transexual com tiro no rosto
5 ANOS NO SEMIABERTO | 04/12/2022 16h 04min

O empresário Milton Bernardes da Silva Neto, de 38 anos, foi condenado na terça-feira (29) por matar a transexual Alessandra com um tiro no rosto e fugir do local, em Rio Verde (232 km de Goiânia). Ele vai cumprir cinco anos de prisão por homicídio qualificado e será em regime semiaberto.
Depois de mais de 10 horas em júri, o juiz Fernando Marney Oliveira de Carvalho chegou a condenação do crime que aconteceu no dia 16 de setembro de 2021. Ele definiu que o empresário pode cumprir a pena em semiaberto, já que ele estava preso desde 1° de outubro do ano passado. O magistrado expediu um alvará de soltura para o culpado. Milton já está solto e com os familiares.
Durante o julgamento a defesa de Alessandra alegou a hipótese de homicídio com algumas qualificadoras. O Conselho de Sentença rejeitou as de homicídio com qualificadora do emprego do meio, que é quando a vítima tem a defesa dificultada, e a de motivo fútil, eles entenderam que o homem efetuou o disparo pela “situação de violência e psicológica que foi inserido”.
Entenda o caso
Durante as investigações do caso, o delegado responsável, Adelson Candeo, colheu depoimentos de Milton e de outras transexuais que estavam no local. Além disso, câmeras de monitoramento registram o momento em que o disparo foi efetuado e o percurso feito antes do crime.
As transexuais alegaram que o homem parou o carro e as contratou para um programa, mas depois de realizar o pagamento decidiu que não queria mais. Elas não devolveram o dinheiro dele e logo depois, Milton atirou no rosto de Alessandra. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu ao ferimento e morreu.
Já o empresário fez declarações diferentes. Segundo ele, as transexuais aproveitaram o momento em que ele parou para pedir informações, abriram as portas do carro e entraram. Elas teriam o obrigado a levá-las a um posto de gasolina desativado, para que comprassem drogas com o dinheiro dele.
Depois de voltar com as transexuais para o lugar de origem, eles começaram a discutir e o homem efetuou o disparo contra Alessandra.
As duas versões batem em relação aos lugares que eles estiveram, mas apenas a história apresenta divergências.
A decisão do juiz ainda cabe recurso.
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Fonte: G5 News