Ex-prefeito e servidores do Incra são alvos de operação contra compra de imóveis destinados à regularização fundiária em MT
SUSPEITO DE FRALDE | 30/03/2022 09h 08min

A Polícia Federal deflagrou a operação ‘Usurpare’ nesta quarta-feira (30) contra suspeitos de fraudes na aquisição de imóveis rurais da União destinados à reforma agrária e de imóveis urbanos destinados à regularização fundiária.
Entre os investigados está o ex-prefeito de Confresa-MT, a 1.160 km de Cuiabá, Gaspar Lazari, e dois servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O g1 entrou em contato com o ex-prefeito e com o Incra, mas não obteve retorno até esta publicação.
De acordo com a polícia, estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, seis medidas judiciais de sequestro de bens e duas ordens judiciais de afastamento de cargos públicos em Cuiabá, Confresa e Cáceres.
Polícia Federal cumpre mandados na sede do Incra em MT — Foto: Polícia Federal
As investigações tiveram início no ano passado, com a análise do material que foi apreendido na operação ‘Tapiraguaia’.
Segundo a PF, o ex-prefeito de Confresa teria adquirido do Incra, em 2018, um imóvel destinado à reforma agrária por R$ 24,5 mil, parcelado em 17 vezes sem juros.
Dois meses depois, ele teria vendido o bem a uma imobiliária pelo valor de R$ 8,4 milhões, um lucro estimado em 35.000%.
A polícia informou que há a suspeita de que mais de 200 lotes doados pela União ao município, para regularização fundiária, a maioria destinada a pessoas de baixa renda, foram alienados pelo preço de 5% do valor, pelo ex-prefeito da região, diretamente a uma empresa de titularidade da mulher dele e outros familiares.
Mandados de busca e apreensão são cumpridos pela Polícia Federal — Foto: Polícia Federal
Estima-se que o prejuízo causado em razão das supostas fraudes supere R$ 15 milhões.
Os dois servidores do Incra investigados são suspeitos de terem colaborado com a operacionalização do esquema.
A previsão é que o inquérito policial seja concluído em 30 dias.
Se condenados, os investigados poderão ser sentenciados à pena de prisão de até 32 anos, consideradas as penas máximas dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
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Fonte: G1 MT