Homem que matou ex-namorada e colocou fogo no corpo é condenado a 27 anos de prisão
FEMINICÍDIO | 12/07/2023 08h 51min
Foto: Reprodução
José Carlos Jesus da Silva foi condenado a mais de 25 anos de prisão pelo assassinato da companheira, Maria de Almeida Gonçalves, 68 anos, em janeiro deste ano no bairro Pedra 90. A decisão é da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.
O crime aconteceu em 6 de janeiro, na casa da vítima. No dia do assassinato, José Carlos e Maria haviam retornado de uma viagem. Após chegar a residência, o assassino alegou que estaria passando mal e a vítima o acompanhou até uma unidade de saúde. Ao retornar, ela ainda preparou o almoço para o criminoso. Momentos depois, o casal teria discutido e, em posse de duas facas, José Carlos matou e degolou a vítima. Depois, usou um tapete para enrolar e atear fogo no corpo de Maria. Ele ainda incendiou a casa com a vítima dentro, resultando em destruição parcial do cadáver.
Ao cometer o crime, José Carlos foi para a rua, ainda com uma das facas na mão e começou a gritar: “Cadê a polícia dessa rua? Aqui não tem polícia não?” e “Agora vem Capeta! Demônio! Ela merecia! Ela tem dinheiro! Eu não tenho! As coisas não é bem assim! Não precisava disso, a gente podia ter sentado e conversado!”, segundo a decisão. Ele foi preso em flagrante, ainda no local do crime.
Devido à gravidade do crime, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva na audiência de custódia. José Carlos passou todo o período de instrução processual preso.
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A juíza destaca a brutalidade extrema do assassinato. "O crime foi praticado com brutalidade extrema, num verdadeiro ato de selvageria, ainda mais porque a vítima era namorada do acusado, a relação entre ambos era harmônica e, em decorrência, ele tinha boa convivência com os filhos e familiares da vítima, adquirindo a confiança de todos. Não bastasse, depois da prática do crime o acusado manteve uma postura muito agressiva, debochando da polícia, invocando demônios e dizendo frases desconexas, o que revela ainda mais a sua frieza", diz em um trecho da decisão.
A decisão ainda destaca a condenação de vinte e sete anos e cindo meses em regime fechado deve-se por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, por meio cruel, mediante a feminicídio, com atenuante da confissão espontânea. Além da prisão, José Carlos ainda deverá pagar pena pecuniária de 45 dias-multa por destruição da residência da vítima.
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Fonte: Repórter MT