Justiça decreta prisão preventiva de produtor rural e empresários que queimaram pneus e atiraram em PMs
PRISÃO PREVENTIVA | 25/11/2022 17h 36min

A Justiça Federal converteu em preventiva a prisão em flagrante de três homens acusados de roubar pneus de uma borracharia para atear fogo na BR-163, em Nova Mutum ( a 269 km de Cuiabá), e ainda atirar contra policiais militares durante perseguição. O caso ocorreu na quarta-feira (23).
Entre os acusados está o delegado suplente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Vilso Gabriel Brancalione, de 25 anos.
Os outros foram identificados como Felipe Carvalho Duffeck e João Pedro de Lima Ceolim, empresários.
A decisão é assinada pelo juiz Jeferson Schneirder, da 5ª Vara de Justiça Federal, e foi publicada nessa quinta-feira (24). O magistrado ainda determinou a quebra de sigilo telefônico do trio.
Na decisão, Jeferson Schneirder citou existirem "fortes indícios de que os acusados participam ativamente dos movimentos antidemocráticos na cidade de Nova Mutum".
“Todas essas circunstâncias revelam uma conduta premeditada, organizada, continuada e com nítida escalada de violência tendente a obstruir a livre circulação de pessoas e veículos no Estado de Mato Grosso, tudo com o aparente objetivo de impugnar o resultado das urnas, cujo resultado já foi proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral”, escreveu.
“No caso concreto, em razão da necessidade de se resguardar a ordem pública, sob os fundamentos da gravidade concreta do crime, da periculosidade social dos agentes e da possibilidade concreta de reiteração criminosa, entendo que somente a prisão preventiva poderá preservar a ordem pública, pois qualquer outra medida cautelar revela-se insuficiente para resguardar a ordem pública”, decidiu.
O caso
De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada depois do trio roubar pneus de uma borracharia às margens da rodovia.
Os policiais encontraram os acusados incendiando os pneus para trancar a BR-163.
Ao ver a Polícia, eles entraram em uma caminhonete e, durante a perseguição, chegaram a atirar contra os policiais, que revidaram.
Ainda conforme o B.O., os acusados entraram em uma propriedade rural e, depois de horas de buscas e negociações, se entregaram e foram presos.
Eles foram autuados pela Polícia Civil por homicídio tentado em concurso de pessoas qualificado por motivo torpe e contra agente da segurança pública, furto qualificado com concurso de pessoas, associação criminosa armada, atentado contra serviço de utilidade pública, porte ilegal de arma de fogo e poluição ambiental.
Em nota, a Aprosoja disse que “entende que toda manifestação, desde que pacífica, é amparada pela Constituição Federal. Porém, afirma veementemente que não colabora e tampouco apoia atos de vandalismo ou ações que infrinjam as Leis e a Carta Magna”.
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Fonte: Repórter MT