Policiais e advogados "superfaturavam" fianças para embolsar dinheiro de presos em MT
OPERAÇÃO CLEAR SKY | 19/10/2022 15h 27min
Foto: Ilustração
A investigação conduzida pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil constatou que os policiais alvos da operação “Clear Sky”, deflagrada na manhã desta quarta-feira (19), “obrigavam” os presos a contratar advogados específicos, sob pena de encaminhar o preso em flagrante para o presídio “Ferrugem” em Sinop.
De acordo com a Polícia Civil, além disso, os advogados indicados pelos policiais cobravam da família dos presos, um valor de fiança maior do que o que havia sido formalizado pela Justiça.
A investigação apurou ainda que os crimes de concussão, de advocacia administrativa e de associação criminosa ocorreriam em Marcelândia (710 km de Cuiabá), pelo menos desde 2018.
A ação tem como alvo cinco policiais, servidores e ex-servidores da Delegacia de Marcelândia, além de dois advogados que atuam na mesma cidade. As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Cuiabá, Vila Bela da Santíssima Trindade, Peixoto de Azevedo e Marcelândia.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares diversas de prisão.
O cumprimento dos mandados conta com o apoio da Diretoria de Atividades Especiais, por meio das equipes da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz) e da Diretoria Metropolitana, através da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá.
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Fonte: Repórter MT