(VÍDEO) Policial mata ex-esposa e tira própria vida
APÓS PERSEGUIÇÃO | 14/09/2022 16h 32min

O soldado da Polícia Militar (PM) Dyegho Henrique Almeida da Silva matou a tiros a ex-esposa Franciele Cordeiro e Silva na última terça-feira (13) em Curitiba. Segundo a polícia, ele alvejou o carro que a vítima estava dirigindo.
O suspeito permaneceu no veículo com o corpo de Franciele e, segundo a polícia, após cerca de quatro horas de negociação, cometeu suicídio.
Ainda de acordo com a polícia, a vítima registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o suspeito, e relatou ter sido ameaçada por ele.
Franciele Cordeiro e Silva e Dyegho Henrique Almeida da Silva. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Até esta quarta-feira (14) não foram divulgadas informações exatas sobre quando e como a vítima e o suspeito começaram a se relacionar. De acordo com a família de Franciele, isso aconteceu durante 2021.
Entenda, abaixo, a ordem cronológica do crime.
Novembro de 2013
- Dyegho Henrique Almeida da Silva entra na equipe da Polícia Militar, de acordo com o Portal da Transparência.
Agosto de 2021
- dia 10: Dyegho aciona a Polícia Militar afirmando que, ao tentar retirar os próprios pertences da casa em que morava com Franciele, foi impedido pela mesma.
- dia 16: Franciele busca a polícia e relata estar em processo de separação. De acordo com ela, durante uma discussão no carro, o ex-companheiro começou a realizar manobras perigosas. Em seguida, ela conseguiu saltar do carro e se esconder em uma loja.
Janeiro de 2022
- O soldado é afastado do trabalho por questões psiquiátricas. O suspeito ficou sem autorização de portar armas, segundo a polícia.
Março de 2022
- Franciele relatou à polícia ter engravidado do soldado, que insistiu para que ela abortasse. A mulher disse também que o militar chegou a ajudá-la a montar o quarto do filho que ela esperava, mas que Dyegho deu a ela um remédio abortivo durante uma relação sexual sem ela saber. A criança nasceu prematura no fim de março e morreu dias após o nascimento, segundo relato dela à Polícia Civil.
Abril de 2022
- Dyegho retorna ao trabalho, atuando em atividades administrativas no Centro de Operações Policiais Militares (Copom), pelo 190, nas operações do rádio.
Maio de 2022
- dia 27: Dyegho registra B.O. em que diz tentar recuperar eletrodomésticos que teria vendido para Franciele. Segundo o B.O., em data anterior, ela "estaria inconformada com o término" e tentou atropelar o policial.
- dia 28: A PM é acionada durante uma discussão entre os dois por partilha de bens. A equipe policial os orientou a prosseguir com uma ação judicial. Na data, de acordo com a polícia, Franciele agrediu o ex-companheiro.
Setembro
- dia 9: Franciele relata à Polícia Civil que Dyegho ligou para ela e fez ameaças. Depois de desligar o telefone, segundo relatado pela vítima, uma pessoa informou que o suspeito estava em frente à casa dela. A mulher relatou que ligou para a Polícia Militar e alertou que o homem estava "transtornado" e rondando a residência.
- dia 11: Franciele registra um Boletim de Ocorrência relatando as situações. À polícia, a vítima contou que "como a casa estava alugada em nome dos dois", o suspeito comunicou a saída do imóvel para a imobiliária, para tentar chantageá-la, obrigando Franciele a sair da residência.
- dia 12: Polícia solicita a prisão de Dyegho e requere uma medida protetiva para a vítima, de acordo com a PC.
- dia 12: O suspeito passa por uma reavaliação psicológica em que demonstrou "condições de portar" o armamento, segundo a PM.
- dia 13, às 17h30: Câmeras de segurança flagraram o soldado, que dirigia uma moto, parando o veículo da ex-esposa em uma rua no bairro Rebouças. Na sequência, o homem atira várias vezes. O vídeo mostra ainda a motorista do carro dando marcha à ré para tentar fugir.
- dia 13, entre 17h35 e 21h30: Suspeito permanece no carro com Franciele. Segundo a polícia, não era possível afirmar o estado da vítima. Ainda segundo a PM, Dyegho não deixava ninguém se aproximar do veículo.
- dia 13, 21h30: O soldado cometeu suicídio e a PM confirmou a morte de Franciele.
O crime
Câmeras de segurança flagraram o soldado, que dirigia uma moto, parando o veículo da ex-esposa em uma rua do bairro Rebouças.
Na sequência, o homem atira várias vezes. O vídeo mostra ainda a motorista do carro dando marcha à ré para tentar fugir.
Uma outra câmera registrou o momento em que o carro bate em um outro veículo, que vinha atrás. Segundo a polícia, a motorista estava acompanhada da filha de 11 anos.
Uma testemunha, que estava em uma loja próxima de onde o crime aconteceu, disse ao g1 que ouviu vários disparos. Segundo a testemunha, os tiros pararam por alguns segundos e, logo depois, novos disparos foram feitos.
"A gente imagina uns 10 tiros no total. Quando o pessoal saiu na porta aqui, já tinha um policial apontando uma arma para ele. O cara estava do outro lado do carro", disse a testemunha.
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Fonte: G1 PR