Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bom dia, Sexta Feira 19 de Abril de 2024

Política

Deputados aprovam convocação de dois delegados afastados da Defaz; um deles alega perseguição política em MT

INVESTIGAÇÃO | 18/12/2019 13h 37min

Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) — Foto: Assessoria

Os deputados estaduais aprovaram, por unanimidade, durante uma sessão realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nessa terça-feira (17), a convocação dos delegados Lindomar Tofoli e Anderson Veiga para prestar depoimento. Eles foram afastados da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).

Tofoli, transferido no dia 3 deste mês, disse que um dos motivos para a transferência teria sido a não abertura de inquérito para apurar denúncia contra o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) feita por uma servidora pública.

O prefeito denunciou que o governador Mauro Mendes teria usado a máquina pública para fins políticos e solicitou a abertura de uma investigação na Assembleia Legislativa.

O requerimento para a convocação dos delegados foi apresentado pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT), após a denúncia do prefeito.

“Eles serão ouvidos para que os fatos sejam esclarecidos. Caso for comprovado o afastamento deles por perseguição polícia, a AL pensará em novas ferramentas para resolver o caso, pois é grave. Se não for comprovado, iremos arquivar”, explicou.

Agora os deputados aguardam a decisão da mesa diretora para definir uma data para a convocação de Lindomar e Anderson.

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, informou que os delegados devem ser ouvidos somente no ano que vem, porque a agenda da casa de leis esta lotada.

A Associação dos Delegados emitiu nota logo após a transferência onde se solidariza com os delegados. A Polícia Civil disse que não vai se posicionar.

 

Denuncia contra o prefeito

 

O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) - Criminal, solicitou a instauração de inquérito policial para investigar possível ocorrência de corrupção ativa praticada, supostamente, pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). O ofício foi encaminhado aos delegados da Delegacia de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública no dia 4 deste mês.

O prefeito, por meio da assessoria de imprensa, informou que está a disposição da Justiça e que a instauração do inquérito significa o início de uma investigação necessária, isenta e imparcial.

“A apuração e elucidação dos fatos é objeto da denúncia que fiz junto à Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Estou sofrendo na carne os malefícios de uma mentira; uma injúria com único intuito de atingir minha imagem como prefeito de Cuiabá. A investigação é o instrumento adequado para desmascarar todo esse conluio, apontar os seus verdadeiros autores e, principalmente, os indivíduos que ardilosamente contribuíram para a atitude criminosa da servidora. Por fim, me coloco à inteira disposição do Ministério Público na certeza de que a justiça será feita e os fatos devidamente esclarecidos”, afirmou o prefeito.

De acordo com o ofício encaminhado pelo procurador de Justiça solicitando a instauração de inquérito policial, uma funcionária do Hospital São Benedito registrou um boletim de ocorrência junto à Delegacia de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, dando conta de que Emanuel Pinheiro teria oferecido a quantia de R$ 50 mil, além de 20 cargos comissionados, para um grupo de vereadores a fim de que eles votassem a favor da cassação do mandato do vereador Abílio Jacques Brunini no julgamento de procedimento que tramita perante a Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá no qual se apura suposta quebra de decoro parlamentar.

Fonte:   G1 MT