Governo de MT manda cortar salário dos servidores da Educação em greve
GREVE | 28/05/2019 09h 27min

Os servidores da Educação que estão em greve, terão os salários cortados, a partir de agora. A informação é do secretário Chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho. O corte do ponto, segundo Carvalho, atende uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), e será cumprida.
"O Estado não vai lançar mão de cortar o ponto, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal STF). Enquanto permanecerem em greve, o ponto será cortado. A medida que voltarem à aula normalmente, esta reposição de aula será remunerada também normal", esclareceu.
Carvalho disse que o Governo tem mantido diálogo com a categoria – e mesmo em greve - às portas não serão fechadas para os servidores da Educação. Ele enfatizou que o salário dos professores são um dos melhores do Brasil.
"Lembrando também, que o Estado de Mato Grosso paga o terceiro maior salário da Educação do País. Temos um salário médio, hoje, para 30 horas, de R$ 5,800 mil. O Governo Federal, o teto, inicial para 40 horas, é de R$ 2,600 mil. Nosso teto é para 30 horas", comparou.
Segundo o secretário Chefe da Casa Civil, 94% do orçamento da Educação é para pagamento de salário. Apenas 6%, sobra para pagar merenda escolar, transporte escolar, comprar giz, luz e água. "Se a gente fizer qualquer aumento para Educação, vamos estar comprometendo toda esta pequena estrutura que ainda estamos mantendo sobra. Então, vamos fazer o que, vamos dar aumento salarial e fechar as escolas? questionou.
Conforme Mauro Carvalho, o Governo pediu a compreensão dos servidores da Educação, para o momento difícil em que o Estado passa. "Infelizmente não tiveram a compreensão, não entenderam e fizeram a greve. O Governo tem colocado em todo momento sua dificuldade financeira, desde o momento que assumiu, logo no primeiro dia de gestão. Ele disse que as reivindicações apesar de serem justas, são muito difíceis de o Estado resolver no momento.
Sobre os 7,69% da Lei da Dobra do Poder de Compras dos profissionais da Educação, Carvalho citou que o Estado deverá ser cumprido até 2023, mas hoje o Governo não tem como cumprir por questões financeiras.
De acordo com Carvalho, 40% apenas das escolas de todo Estado, aderiram à greve e o maior número de adesão é Cuiabá e Várzea Grande.
Fonte: VG noticias